”(…)
mas o simples ato de acreditar é um ato de fé, porque nenhum de nós
conhece o desfecho. Devoção é diligência sem segurança. A fé é uma forma
de dizer: “Sim, aceito previamente a maneira como o universo funciona, e
acredito previamente naquilo que hoje sou incapaz de entender.” Há um
motivo pelo qual usamos a expressão “salto de fé” - porque a decisão de
aceitar qualquer ideia de divindade é um salto tremendo do racional em
direção ao desconhecido, e pouco me importa com quanto afinco os
estudiosos de qualquer religião tentem fazer você se sentar junto a suas
pilhas de livros e lhe provar, pela escritura, que sua fé na verdade é
racional; não é. Se a fé fosse racional, não seria - por definição -
fé. A fé é a crença naquilo que não se pode ver, provar ou tocar. Fé é
mergulhar de cabeça e em velocidade total rumo à escuridão.”
(Elizabeth Gilbert)
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