¬ "Eu te recebo de pés descalços: esta é minha humildade e esta nudez de pés é a minha ousadia." Clarice ♥
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
— John Lennon.
A gente precisa se incomodar menos. Tem tanta coisa bonita pra gente viver, aprender. Me choco com as coisas que ainda não sei. Quero ler mais livros. Escutar mais músicas. Assistir mais filmes. Quero ter menos preguiça, sentar mais no chão, correr mais pelo parque. Sabe, essas coisas fazem com que eu me sinta livre. Acho ruim a gente ter que se aprisionar. Quero sair de noite, caminhar sem rumo, ficar olhando para o céu. Pode soar bobo, mas isso pra mim é tão importante.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
"Só que aí eu acabei mudando. E foi mudança aos poucos, porque até hoje me dou conta de coisas minhas que já não estão mais lá e, quem roubou, eu jamais vou saber. O sorriso mudou e a vontade de sorrir pra qualquer pessoa também, graças a Deus. Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer."
— Tati Bernardi
"Eu quis crescer sem precisar podar meu excessos na vida, mas é tão impossível! A gente vai sendo demais e aprendendo que não pode, tem que frear, po-dar. Tem coisa que a vida já deve ter desistido de me mudar. Tem outras que eu cedi, confesso. Parece que coloquei algum pingo de juízo no coração. Mas não se engane: foi coisinha pouca. Ainda sou quem se atropela todos os dias na tentação de sentir tudo demais. Ainda sou, inevitavelmente, quem esquece de pensar duas vezes e cai em armadilhas ou - muito raramente - acerta algum tiro solto no ar. E escuto minha própria consciência falar todos os dias que não tenho mais jeito. Não tenho. Talvez sentir seja a minha sentença final."
— Camila Costa
"Eu sou assim, eu vou sumir quando você menos esperar. Eu vou surtar com você, vou querer que você sinta medo, orgulho, paixão, tesão, fome de mim. Eu vou ter as vontades mais loucas. Eu vou sentir inveja até da sua sombra por estar perto de você de dia, e do seu travesseiro por estar com você a noite. Eu vou aparecer só pra você me perceber, eu vou sumir e aparecer milhões de vezes pra você me notar. Eu vou ter sede da sua atenção, eu vou querer seu “mais eu te amo” quando eu disser “eu te odeio, e não quero mais te vê por aqui.” Eu vou querer um beijo roubado no meio daquela briga. Eu vou querer seus elogios quando o espelho estiver de mal comigo. Eu vou querer sua sinceridade quando for necessário, e a sua doce mentira quando minha vaidade precisar. Eu vou querer surpresas no meio do dia, ligações inesperadas. Eu vou respirar você. Eu vou amar você… E aí, vai querer mesmo cruzar meu caminho?"
— Tati Bernardi
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— Isabel R.
"Matutei durante muito tempo, tentando descobrir alguma forma de enxergar a alma das pessoas. Foi então, que resolvi pedir a ajuda de um velho amigo, que com anos de experiência e muita sabedoria soube responder-me de forma grandiosa: “Para que tanto pensar? A beleza da alma das pessoas, reflete o brilho dos olhos de cada uma delas.” Bingo. Andava pela rua, olhava nos olhos de cada um, imaginando que, cada um possui uma história diferente. Cada pessoa é única. Que não existe ninguém no mundo igual a ela. Nem com o mesmo nariz. Nem com o mesmo número de marquinhas pelo corpo. Nem sequer, com a alma parecida. Descobri que é pecado dizer que alguém é especial quando pode ser chamado de único. Sem igual. Singular."
— Roberta Vicente
Só de ver seus cachos mais grisalhos e rococós ornando seus medos e superficialidades eu desejei não ser mais eu pra ser qualquer coisa que pudesse ser sua. Mas enchi meu peito surrado e murcho de coragem e te disse que, infelizmente, onde você era apenas um copo d’ água eu era a tempestade."
— Tati Bernardi
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“Eu não te pergunto nada, não te peço nada, até não me preocupo onde e com quem você esteja. Mas toda noite eu sussurro bem baixinho até o sono vir: me ama, por favor!”
— | Caio Fernando Abreu |
“Agora eu tô te amando quietinha, sem mandar cartas, sem discar o seu número, sem passar em frente a sua casa. Afinal do que adianta gritar pra meio mundo ouvir o quanto nós temos que ficar juntos, se você não é capaz de mover um dedo pra que isso seja possível? De quê adianta eu dá píti quando mais uma menina idiota vem pedir seu telefone, recusando todas as suas circunstâncias (que só eu sou obrigada a lembrar), se você não dá um passo em minha direção pra que elas vejam pra onde o seu destino aponta? De quê adianta ter toda a certeza do mundo de que eu sou a mulher da sua vida, se eu não faço parte da sua vida?!”
— | Tati Bernardi |
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(…)Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se vou ganhar estrelinha, se posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim(…)
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Sigo tranquila, pois sei que nenhum pensamento negativo a
meu respeito altera uma vírgula do que eu realmente sou.
E ponto final.
Via: http://noeminconstrucao.blogspot.com/
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
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“Porque era bom e tal. Aliás, meu Deus, como era bom. Mas não era bom o bastante pra ficar junto, certo? Então pronto. Chega.”
— | Tati Bernardi |
“Eu sou criança e vou crescer assim. Gosto de abraço apertado, sentir alegria inteira. Inventar rumos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo, pra mim é grande. Não entendo como olho um planeta que gira sem parar, nem como funciona um fax. Verdade seja dita, entender eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido. Existe a tal gravidade, papeis entram e saem das maquinas. Ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. Tem coisas que não precisam ser explicadas, pelo menos para mim. Eu tenho um coração maior que eu. Nunca sei a minha altura. Tenho o tamanho de um sonho, e o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo de baixo da cama, pra eu descansar a alma dormi sossegada. Coragem eu tenho um monte, mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de jornal nacional, tenho medo de lagartixa branca. Tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro. Pensamentos dormem e acordam. Nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo, eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta. Eu sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou! Sempre me pergunto quando falta, se está perto, com que letra começo, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono. Se você está feliz, se eu estou bonito, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim. Eu não gosto de meias palavras, gente morna e nem de amar em silêncio. Eu aprendi que palavra é igual à oração. Tem que ser inteira, porque senão perde a força, e força não há de faltar. Porque aqui dentro, eu carrego meu mundo. Sou menina levada, criança crescida com contas pra pagar. E mesmo pequena eu não deixo de crescer, trabalho que nem gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega à hora do recreio aí vou eu. Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança, amo com os olhos vidrados. Amo com todas as letras, a-m-o! Sem restrições, sem medo, sem frases cortadas. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa! Todo dia é dia de ser criança. Criança não liga pra preço, pra laço de fita, nem cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço, surpresa. E eu como boa criança que sou quero mais é rasgar o pacote.”
— | Fernanda Mello - Crônicas Digitais: Criança |
“- Mas eu sinto, sabe? Sinto muito as coisas. Tudo, todos. Mesmo que eu tente esconder, mesmo que eu tente não me mostrar. Mesmo que eu disfarce. Eu sinto tudo demais. E é por isso que às vezes as coisas doem tanto.
- Calma. É só se manter longe. Longe, bem longe. Que longe nada afeta. Ou quase nada.”
- Calma. É só se manter longe. Longe, bem longe. Que longe nada afeta. Ou quase nada.”
— | Caio Fernando Abreu |
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“Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será.”
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(…) Hoje tirei um retrato que deve ter saído horrível porque eu estava horrível. Mas se sair mais ou menos eu mandarei a você. Quer? Coitado você não quer nem retrato, nem carta. Inventei que você me tem como amiga somente porque eu sou sua amiga; que pequena tragédia. (…)
— | Clarice LIspector (Itália, Nápoles,1944, provavelmente novembro) |
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
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“Você é quem decide o que vai ser eterno em você, no seu coração. Deus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena, e esquecer definitivamente aquilo que não vale.”
— | Caio F Abreu |
“Queria que pelo menos alguém um dia, levasse em conta o que vivi, o que tenho vivido, o quanto já cai e o quanto levantei em consideração antes de julgar-me. Sei que o que vivi não me livra das minhas falhas, nem quero que isso aconteça, só estou pedindo pra chegar devagar que eu ando frágil, pra não gritar que estou pensando e ando lenta por fora, em alta velocidade por dentro. Que eu ando precisando da compreensão dos sábios…”
— | Caio Fernando Abreu |
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