segunda-feira, 30 de junho de 2014


"— Sempre espere o pior — aconselhou a Sra. Calthrop. — É o melhor calmante. Possui o dom de amenizar qualquer golpe."
(Agatha Christie)

"Já não lhe importava as coisas em si, mas sim a essência das coisas …sabia que do corpo só o que importava era o coração, todo o resto poderia ser jogado fora.”

(Erikah Azevedo)

"E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora."
  (Tati Bernardi)



quarta-feira, 25 de junho de 2014

Eu que não fumo, queria um cigarro. Eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês. Eu que não bebo, pedi um conhaque pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair. — Engenheiros do Hawaii
Você é como aquela figurinha que faltou pra completar meu álbum: uma grande frustração. — Caio Augusto Leite
"Então tá, a gente se esbarra por ai outro dia, ou em outro lugar, ou em outra vida.” E eu acabo cruzando os dedos para que a outra vida seja amanhã. — Thiara Macedo

terça-feira, 24 de junho de 2014

E eu sou jovem demais para deixar o amor partir meu coração. — Guns N’ Roses
É tão mais divertido quando estamos com a pessoa certa, porque você pode levar e deixar-se levar, e aí você se sente bem e acaba mostrando um pouco de quem você é de verdade. 

Gabito Nunes
O menino nunca mais chorou e nunca mais se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído. 

Cidades dos Ossos.
Eu bebi saudade a semana inteira, pra domingo você me dizer que não sabe o que quer e não quer mais saber. 

 — Esteban Tavares


“Quando eu não sei o que estou fazendo, tenho cara de quem não sabe o que está fazendo. Quando estou animada ou nervosa, tenho cara de quem está animada ou nervosa. Quando estou perdida, o que é frequente, tenho cara de perdida. Meu rosto é um transmissor transparente de cada pensamento meu.”
(Elizabeth Gilbert )

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“Virava pra lá e pra cá na cama. Estava impaciente. Até me sentei no escuro. Pensei: Não era uma posição o que eu procurava. Era você…”
  (Caio Fernando Abreu)


"Do cansaço recorrente e das poucas coisas de que tenho certeza, admito, assino e repito como um mantra: velha demais pra ilusões, nova demais pra desistir. O pensamento é turbulento, o coração é calejado, mas o fim da linha é um sonho alcançado e a ousadia é a força motriz, e eu sei que não teria paz um minuto sequer na vida se desistisse de acreditar e seguir assim."
(Yohana Sanfer)


“O risco de sofrer é o preço que pagamos quando estabelecemos um relacionamento com outras pessoas. Mas o amor é a recompensa.”
(Mark W. Baker)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica.”

- Tati Bernardi
E percebi que decorei o teu cheiro, por Deus, que pessoa normal decora cheiros?”


- Fernanda Myamoto
Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você todos os dias, e ainda assim, preferir o silêncio.”


- Caio Fernando de Abreu
Homem não sabe se despedir: ele desaparece, prefere não mais falar a explicar suas fraquezas. Lida mal com o sofrimento. Decide sumir a ser rejeitado. Resmunga, não chora. Muda de assunto, não chora.Você nunca vê seu pai em prantos porque ele engole as lágrimas. Você nunca enxerga seu marido se emocionando porque ele vai para outra sala controlar a respiração.”


- Fabrício Carpinejar
- Quanto tempo demora? - perguntou ele.
- Não sei. Um pouco.
Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir, desta vez era um sorriso mais largo.
- Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida.
- Maçã ácida?
- Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs.

Khaled Hosseini em: O Caçador de Pipas


Via: http://noeminconstrucao.blogspot.com.br/
Eu sou excesso, sou drama, sou amor, sou complicado. Eu não sei me entregar pela metade, é tudo ou nada. Meio termo não me cabe. Eu não sei fingir sentimentos, se eu gosto, eu cuido. Se eu não gosto, não forço simpatia. Pareço insuportável, mas acredite, tem gente que diz me amar. 

 — Jô Costa

Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói.

—  Tati Bernardi

quinta-feira, 19 de junho de 2014


Ela explicava, sorrindo: — Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
 (Caio Fernando Abreu)
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá.


”Sabe quando você quer dizer alguma coisa importante, pra alguém importante, mas acaba só comendo algo sem importância da geladeira? Vidinha.”
 (Tati Bernardi)
Às vezes, quando ainda valia a pena, eu ficava horas pensando que podia voltar tudo a ser como antes.

A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer

Ruth Manus
Retratos e relatos do cotidiano de uma jovem como tantas outras

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:
“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.
Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.
Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.
Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”
Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.
O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens,  homens e velhos homens.
O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?
Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.
Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro.  Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?
Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.
“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”
Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.
O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?
E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.
No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta.


segunda-feira, 16 de junho de 2014


“Honestamente, não gostaria de estar ao lado de uma pessoa que não tem nenhum interesse pela vida. Nem em evoluir. Tem coisa mais fútil que só olhar pra si mesmo?… Antes de amar alguém a gente admira essa pessoa. O jeito, o caráter, as qualidades, a forma como ri, sei lá. Qualquer coisinha vira coisona. Tudo é inspiração quando a gente ama.”
(Clarissa Corrêa)

Mas a verdade, capitão, é que pessoas amargas só precisam mesmo é ser amadas.

Grand Guignol.
"E quando recebo suas mensagens de texto, ao longe, dizendo meio que genericamente que deseja tudo de bom e sente saudade, fico com vontade de perguntar se aquele recado chegou só pra mim ou foi disparado para toda lista do celular."
"Isso não é amor, isso é vício. Se todo dia você toma um choque na tomada de casa, vai acabar achando que precisa disso pra viver. Mude seu foco!"

sexta-feira, 13 de junho de 2014


"Ando meio esgotado, durmo só umas cinco horas por noite (logo eu, que se pudesse dormia umas 20), andei também ruim do coração"
(Caio Fernando Abreu)

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“Ele não é só um cara… Esse sim, esquenta as suas mãos e escuta os seus impropérios e gracinhas com o mesmo apego. Ele não te deixou apodrecendo ali onde você não pudesse incomodar. Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos.
Você diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. 
Te ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente. Ele não é só um cara. Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a garota dele. E sabe que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer.
Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje.”
(Tati Bernardi)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Acidente
Por Clarissa Corrêa
Você sabe o que significa um balde de água fria? Eu sei. É mais ou menos quando a gente tem uma coisa bem quente no peito, nas mãos ou na cabeça. Um sonho, talvez. Muitos deles, quem sabe. E você dá Farinha Láctea Nestlé para todos eles, que vão crescendo fortes e sadios e, de repente, não mais que de repente, tudo muda. Aquilo que era quente recebe água gelada. Choque térmico. Em outras palavras, ou melhor, em outras metáforas: o amor (sempre ele) está saudável, com as vacinas em dia, tomando vitaminas e praticando exercícios físicos, ou seja, (em tese) nenhuma grave doença irá pegá-lo de surpresa, afinal, ele não bebe nem fuma, cuida a alimentação e ainda por cima se exercita. Pois um dia, atravessando a rua, o amor é atropelado por um caminhão gigante, que passou no sinal vermelho em alta velocidade, com raiva, ódio, feroz. O amor perde o equilíbrio, o controle, capota várias vezes, se machuca, bate a cabeça, desmaia. Transeuntes chamam ajuda. Ambulância, maca, oxigênio, respiração boca a boca. Uéin, uéin, uéin *barulho da ambulância*. Levam o amor direto para a UTI. E lá ele fica, inconsciente, imóvel, sem receber visitas, tomando morfina na veia: porque tem muita coisa que dói (demais).


"Eu não quero viver longe de você. Digo, viver sem falar contigo, sem saber como foi o seu dia, o que você fez, como está se sentindo. Até porque, longe fisicamente de você eu já estou."
(Caio Fernando Abreu)
Ok vida, eu já entendi que sou forte o suficiente para suportar tudo isso. Já pode para com os testes!



"Não mereço uma pessoa que não sabe o que quer. Mereço certezas. Mereço que seja recíproco. Não quero alguém que me bajule o tempo todo. Não precisa abrir porta de carro, oferecer diamantes, pagar o jantar. Só precisa ser sincero. E real. E, principalmente, se entregar por inteiro. Porque não estou aqui para receber metade de nada."
(Clarissa Corrêa)


“Eu só queria que tu soubesse que eu não vou sair de você. Vou me grudar nas tuas músicas, colar nos teus filmes, dar as caras nos personagens dos teus livros, aparecer de surpresa nas suas conversas com outras pessoas, inevitavelmente você vai me comparar com todo mundo e, por fim, vai perceber que não tem melhor que eu. Vai enfiar sua língua em outras bocas pra me esquecer, vai se agarrar com alguém pelos banheiros pra não lembrar de mim, vai virar cinco doses seguidas de tequila e mesmo assim isso não vai te dar a capacidade de sequer confundir meu nome com outro. Vou permanecer nos seus beijos, amassos, ressacas, vômitos e dores de cabeça. Você querendo ou não. Juro.”
— Vinícius Kretek.  

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Nada é tão difícil quanto se apresenta num primeiro momento. E tudo, tudo tem um jeito. Mas entenda: nem sempre é o seu jeito. A gente vai se adaptando ao que a vida nos apresenta. Só que a escolha sempre será minha, sua ou nossa. Isso ninguém nos tira.

Clarissa Corrêa