¬ "Eu te recebo de pés descalços: esta é minha humildade e esta nudez de pés é a minha ousadia." Clarice ♥
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
— Cecília Meireles.
— Cecília Meireles.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
“Ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Ninguém nunca viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente.”
— Tati Bernadi.
— Tati Bernadi.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo.
Tati Bernardi
Tati Bernardi
domingo, 20 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
— Tati Bernardi.
— Tati Bernardi.
Hoje, pela primeira vez na vida, vi uma porta aberta e não quis sair. Aqui nos seus braços tá confortável, quentinho, numa boa, dá vontade de ficar. Tudo bem que não é um hotel cinco estrelas e nem nada muito luxuoso, mas veja bem, há uma vista panorâmica do futuro. Tem futuro, caramba! Com ele perto eu sonho, com ele longe eu também sonho, o que é estranho, porque eu quase nunca sonho. Eu quase nunca jogo conversa fora com alguém por mais de 20 minutos. Mas com ele, poxa, com ele eu faço tudo errado. Com ele eu perco o foco, saio de linha, mudo de cena, me sinto vulnerável. Passei minha vida inteira me convencendo de que não preciso de espécie nenhuma para ser feliz, ai me aparece uma meia criatura – porque ele não chega a ser alguém inteiro – e me transforma num tipinho sem tipo. Do seu tipo. O que é um absurdo pra quem já mudou muito consigo mas nunca com ninguém. Se é que você vai entender. Nunca gostei dessa gente que me faz abrir os lábios e transformar a minha cara em uma careta estranha. E ele é assim. Um tipinho idiota de cara que me faz não conseguir fechar os lábios por dois segundos quando penso em algo como, os seus dedos. Ou o pedaço pequeno da unha. E, o pior de tudo, é que eu chego a achar meu sorriso bonito perto dele. Idiota, mas bonito. Vem de dentro pra fora, e volta pra dentro e entorpece as minhas manias absurdas de querer me trancar em uma caixa. Eu não consigo me trancar com ele por perto. Como se de repente o ato de respirar dependesse do tempo que ele demora pra chegar. Isso me assusta. Não, isso me joga em um abismo e me faz querer correr por duas milhas inteiras só pra não ser dele, só pra não ser sua. Mas tá tudo tão confortável aqui nos seus braços.
— Thiara Macedo & Danielle Quartezani.
— Thiara Macedo & Danielle Quartezani.
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Algo mudou em você. Em relação a mim. Você está distante, fria. Eu não sei o que eu fiz, mas vou te deixar sozinha a partir de agora se é o que você quer. É isso o que você quer? Sabe porque eu te deixaria? Porque eu me importo mais com os seus sentimentos do que com os meus. Eu te amo. Pronto, eu disse. E não só um quadro-negro. Eu nunca deixaria alguém ou algo te machucar. Eu nunca senti isso por alguém.
— American Horror Story.
— American Horror Story.
"Você planta um broto de feijão e fica gritando pra ele crescer logo". "Você rega tanto que mata de tanta água". Fico com raiva porque você também gostou de mim com muita pressa e agora a culpa da pressa é só minha. Lembro de quando eu te disse que estava apaixonada. Você ficou nervoso "como você pode saber isso? Você nem me conhece!". Só que você disse isso e estava morando na minha casa há vinte dias.
Tati
Tati
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Todas as cartas de amor que hoje repousam em alguma gaveta velha e as que não foram nem escritas pelo medo da resposta. As rasgadas, queimadas, manchadas de água dos olhos ou caneta ruim. Todos os sentimentos ridículos que só são ridículos pelo tamanho da verdade, pela vontade de dizer sem motivo e mil vezes. Todas as ressacas desnecessárias das noites vazias, que seriam tão facilmente evitadas, que por pouco não são preenchidas de romance e música. Todas as palavras certas da pessoa errada e todas as pessoas erradas que insistem em tentar me fazer feliz quando são incapazes por natureza. Os risos forçados que geram lágrimas no travesseiro, as danças vazias que geram um vazio ainda maior. Os finais de semana que doem o resto dos dias. A mentira que preenche de ar o que devia ser companhia. A amargura que cresce rancor por coisas pequenas e afáveis dos que são capazes da felicidade.
É por isso e talvez por mais algumas coisas que não tem nada aqui dentro. Porque todo o sentimento que faz bem só existe pros outros, pros bonitos, pros inocentes, pros que se deixam levar e são felizes desse jeito. Eu não. Sou artista, sou mentira, sou intensidade. Não consigo aceitar pouco. Tem gente que vive de jogos porque rebaixa o amor à adrenalina, porque acha que o pressuposto dos relacionamentos é sofrer. Eu não sou assim. Não gosto de solidão a dois.
Eu tenho tentado, inutilmente, ser melhor. Me perdi no caminho e não posso voltar ao que era, tampouco posso parar de seguir em frente. Então deve haver uma maneira de evoluir sem perder o direito de sentir. Crescer sem perder a esperança nas pessoas. E aprender isso sozinha é triste: torna todo o resultado inútil.
É por isso e talvez por mais algumas coisas que não tem nada aqui dentro. Porque todo o sentimento que faz bem só existe pros outros, pros bonitos, pros inocentes, pros que se deixam levar e são felizes desse jeito. Eu não. Sou artista, sou mentira, sou intensidade. Não consigo aceitar pouco. Tem gente que vive de jogos porque rebaixa o amor à adrenalina, porque acha que o pressuposto dos relacionamentos é sofrer. Eu não sou assim. Não gosto de solidão a dois.
Eu tenho tentado, inutilmente, ser melhor. Me perdi no caminho e não posso voltar ao que era, tampouco posso parar de seguir em frente. Então deve haver uma maneira de evoluir sem perder o direito de sentir. Crescer sem perder a esperança nas pessoas. E aprender isso sozinha é triste: torna todo o resultado inútil.
# Verônica H #
- …-Tô esperando, você vai falar mais alguma coisa?
-Não.
-Então eu vou desligar.
-Não, não desliga. Então eu falo.
(silêncio)
-Olha, eu realmente não tenho tempo pra essas coisas, se você não tem mais nada pra me dizer, tô desligando.
-Eu tenho. Tenho um milhão de medos presos aqui nessa linha. Se você desligar, sua vida vai seguir. A minha vai ficar contida nesse aparelho eletrônico. Eu já sou contida de tantas maneiras… Na verdade eu só queria te dizer que por mais que o tempo passe, não consigo preencher meus buracos. Eu olho em volta e não procuro nada. Só porque eu sei que não há nada. Só porque eu sei que o nada que eu quero tá longe de mim. É tudo um enorme, frio e presente nada. Um vazio do tamanho da minha quase existência. Eu quase existo, sabia? Afinal, quem existe por inteiro? Eu não. Eu sou metade amada (porque ninguém me assume por inteiro); metade interessante (porque assusto quem eu quero aproximar e frustro os que ignoram minha muralha); metade culpada (porque ninguém tem obrigação de me amar de verdade quando eu crio bloqueios tristes e vazios). Se você quiser desligar, tudo bem. Eu só tava fazendo drama. Claro que eu vou sobreviver, né? Nunca precisei de uma ligação pra me manter inteira. Mas me diz, e você, tá bem?
- …
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Só que eu escolheria você. Você que tem esse jeito desajeitado. Esse encanto desencantado. Essa melodia desafinada. Esses erros tão errados. Esses acertos tão acertados. Você que me entende, desentende, briga, faz as pazes, ama, desama, está junto, foge. Você que senta ao lado e sai correndo. Que é puro e meio pagão. Desconfiado e pé no chão. Sincero e verdadeiro. Importante e especial. Valente e traiçoeiro. Você que chegou e destruiu qualquer resistência que eu pudesse vir a ter
— Clarissa Corrêa
— Clarissa Corrêa
Sempre achei bonitinha a frase “Tenho medos bobos e coragens absurdas”. Vejo sempre espalhada pela internet como sendo da Clarice e pensava “é meio fraca pra ser dela, mas eu poderia ter dito isso”. Dai to limpando meu computador, arrumando uns arquivos, e descobri que em 2005 quem escreveu essa frase fui eu mesma. Eu era fã de uma frase e a porra da frase era minha. A internet deixa a gente tão louco que eu mesma me falsifiquei.
— Tati Bernardi.
— Tati Bernardi.
Que outra história você quer? Não Molly, agora você vai falar o que que é! Porque eu to cansado de tentar imaginar. Na boa, você quer um apartamento maior? Eu arrumo outro emprego. Você quer ter um filho? Então vamos lá fazemos um filho agora… a verdade é que eu sei o que eu quero. E você Molly, você sabe bem o que você quer?
— P.S. Eu Te Amo.
— P.S. Eu Te Amo.
Olha pra mim Zé, olha bem pra mim, eu sobrevivi. É, eu sobrevivi sem você. E veja bem, to firme, forte, e levando a vida numa boa. Tudo bem que eu tive 365 dias, 14 horas, 25 minutos e 54 segundos para colocar tudo no eixo, e que ainda não tive coragem de jogar todas essas suas tralhas fora, mas já é um grande progresso. E quer saber o melhor de tudo isso Zé? Eu sei caminhar sem precisar te dar a mão. Matutei pra aprender. Tive quedas dolorosas, e cheguei a machucar tão feio a ponto de ter cicatrizes, mas me equilibro como ninguém. Assumo que levei alguns meses para deletar seu número do meu celular, sim eu deletei seu número, não precisei da ajuda de nenhuma especialistaemdeletarnúmerosdeidiotas, eu mesma fiz esse grande favor para mim Zé, e olha só que grande merda, eu ainda sei ele de cor. Evitei deixar você aparecer em meus sonhos, e a perambular meus pensamentos. Não frequento mais aqueles lugares, não bebo mais aquelas bebidas, parei de comer aquelas comidas, não assisto mais aqueles filmes e nem leio todos aqueles livros, aqueles que tinham um pouco de você sabe. Fiz um buraco Zé, te joguei dentro e com todas aquelas coisas sem sentido que você me mostrou nessa vida, e enterrei. Vivo. Sem dó e sem culpa. Enterrei pra ver se te matava de uma só vez. E matei. Me matei. Porque em mim Zé, tinha um tanto de você, um tanto que se eu te contasse, assustaria. Mas a verdade é que você nunca entendeu. Confesso que passei semanas e mais semanas sentindo sua falta, chorando por essa sua maldita ausência. Dias e mais dias tentando entender o vazio que eu virei, o vazio que você me fez virar. Se eu gritasse, escutaria meu próprio eco, e até acordaria uma vizinhança. No inicio desse desespero todo, eu sentia muito por você, mas era muito amor, agora eu sinto muito, mas é muita pena Zé, pena porque jamais nessa sua vidinha de merda você vai se deparar com o amor outra vez, e se caso se deparar, vai se lembrar de mim e do quanto eu te amei. Não estou te jogando praga não Zé, é que tipinho feito você não merece tipinhos como eu. Ai você vai se arrepender por tudo que fez, vai bater aquela puta vontade de se embebedar e vai me ligar. Sabe por que Zé? Porque as garotas da sua agenda estão a procura de uma diversão, e não de ouvir um marmanjo feito você se lamentar pela vida que não deu certo. Porque de todas, eu fui a única que parei pra te escutar, mesmo que tenha sido o seu silêncio. E escutei. Como eu escutei. Porque veja bem Zé, comigo você tinha tudo, e agora você não tem nada. Nem ninguém. Você não é ninguém. E eu poderia ta rindo dessa sua cara de fracassado pelo resto da vida, e te agradecendo por ter me deixado, por ter me mostrado que me deixar ir embora era o primeiro passo para eu ser feliz, e olha só Zé, olha bem para mim, hoje eu sou feliz. Hoje eu sou tudo aquilo que você não conseguiu ser. Feliz. Esse tempo todo longe de você eu havia parado de escrever para ver se parava de sentir, para ver se parava de te procurar. Na verdade, não deu muito certo não, senti falta da escrita como uma criança sente de doces. Por isso voltei a escrever Zé, mas hoje não é mais sobre você, é sobre como eu aprendi a viver sem você.
— Thiara Macedo
— Thiara Macedo
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Recado aos moços:
Vocês não sabem o que têm nas mãos
Tocam os seios sem saber que no meio bate um coração,
beijam bocas sem ouvir o que elas têm a dizer,
fixam os olhos sem perceber que por trás há uma mente inquieta.
São milhares de pensamentos e sentimentos que pulsam e se confundem,
vocês deviam fazer mais que apenas assistir.
Tenho pena dos que não se arriscam,
dos que não pulam e gostam do morno,
dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina,
dos que pensam mil vezes antes de falar.
Vocês não sabem o que têm nas mãos.
E perdem amores por apostas,
perdem companhia por desinformação e cumplicidade por medo.
Perdem tempo. O meu e o de vocês.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Acho que todo mundo precisa ter um lado egoísta por questão de sobrevivência. Não dá pra viver a vida olhando para o lado, uma hora você precisa olhar para dentro. Todo mundo sabe o que quer. Mesmo que você ache que não, mesmo que seu pensamento seja traiçoeiro, mesmo que o mundo esteja caindo: você sabe o que quer.
Clarissa Corrêa.
A distorção de valores chegou a tal ponto que pessoas discretas são consideradas arrogantes, os modestos são vistos como dissimulados e os que não se rendem a modismos são taxados de esnobes. Ser autêntico virou ofensa pessoal. Ou a criatura faz parte do rebanho, ou é um metido a besta.
Martha Medeiros
&&
É cômodo amar quanto tudo vai bem. Quando você acorda e vai tomar banho, escovar os dentes, colocar uma roupa limpa. Quando você me dá flores, prepara o café da manhã, puxa a cadeira para que eu sente ao seu lado. Quando você diz que vai me dar aquele anel que eu fiquei de olho na vitrine da joalheria, me escreve um cartão cheio de palavras e rimas bonitas, me faz um cafuné, dá um abraço longo, cheira meu cabelo e diz que tem cheiro de chá de camomila. Quando dirige com a mão na minha perna, fica me observando cantar música brega, faz carinho com o pé no meu pé antes de dormir, coloca o braço por cima da minha cintura e diz vem-mais-pra-perto. Assim todo mundo sabe amar.
Difícil é amar quando alguma coisa dá errado. Quando a casa está uma bagunça, quando as contas começam a crescer e o dinheiro diminuir, quando qualquer palavra vira ofensa, quando um silêncio se transforma em dúvida. Quando sobram palavras entaladas na garganta, quando falta um gesto que era pra ter marcado presença, quando o beijo é rápido, o olhar é vazio, o abraço é curto, as promessas falham. Quando o zíper da mala fecha e você não vai. Quando você espera por algo que nunca vem. Quando as expectativas começam a te sufocar. Quando os olhos ficam marejados ao lembrar do que podia ter acontecido, mas não aconteceu. Quando a porta bate, o tom de voz aumenta, a paciência se esgota, o humor não faz mais rir.
Clarissa Corrêa
É tão bonito a gente desenhar um sonho ao lado de alguém. De olhar no fundo do olho da pessoa e saber que é ela. Isso é único. E muito, muito especial. Quem tem um amor assim sabe do que estou falando. É uma sensação quase inexplicável de paz. Acho que é o mais próximo que conseguimos chegar de nós mesmos.
Clarissa Corrêa
Não sabemos de nada até que chegue a nossa vez. A gente não sabe do que o nosso amor é capaz, o que a nossa natureza nos reserva, o poder da nossa desobediência ou subordinação. A gente não pode prever nossa reação diante do susto, da paixão, da fome, do medo. Podemos vir a ser uma grata surpresa.
Martha Medeiros
Fiquei olhando, também, através da janela, para o horizonte de um azul tão pálido que se tornava difícil distinguir a linha divisória. E eu pensei: enquanto existir isso, enquanto eu estiver viva e puder contemplar este sol e este céu sem nuvens, enquanto isto existir, não poderei ser infeliz.
O Diário de Anne Frank.
Ando um pouco assustada com a vida. As pessoas, por mais que eu não queira, vivem me surpreendendo. Algumas para o bem e outras para o mal. Sei que ninguém é santo nem demônio. Também sei que expectativas são apenas expectativas. Mas as pequenas decepções ocorrem diariamente, é inevitável. Eu decepciono, você decepciona, eles decepcionam. E assim a vida segue, um pouco decepcionada, mas com um tantinho de fé.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
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