segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

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“Fico pensando se você perdoa o meu jeito meio perdido de falar as palavras bonitas e os meus gestos meio errados de mostrar amor. Se você perdoa a minha falta e o meu excesso, a minha sensibilidade e o meu silêncio… Enfim, os meus contrastes todos que devem te confundir e nunca fizeram de mim alguém melhor. E o que será que você pensa quando eu falo demais? E como aguenta quando eu falo de menos? Meu Deus, como você me aguenta no todo? Eu te trouxe na mala, no coração, nas canções, nas lembranças e em todos os meus entornos. Trouxe porque você não pesa, acrescenta e preenche, mas não pesa, não machuca a minha alma que já se machuca por si só. Mas como será me aguentar e me carregar por aí? O seu lado não deve ser nada fácil, visto que, de fácil, eu tenho apenas os olhos tristes. De resto, amor, o que vem? Digo, em mim, o que vem de resto além do peso? Vejo a sua foto agora… Vejo porque quero, não por precisar lembrar. Detalhes a gente decora no escuro mesmo. Como é que você, com olhos tão bonitos e cabeça tão distante, ama alguém como eu? Será que me perdoa pela série de perguntas estúpidas? Para me desculpar - não sei também como aguenta as desculpas -, eu reafirmo a saudade, e o compromisso, e os beijos para depois, e o amor… E nós.”
— Camila Costa

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