sábado, 9 de julho de 2011

Eu escolhi assim




Eu podia ter passado a vida inteira como aquela patricinha, cdf, chata e coadjuvante que eu era. Mas um dia eu acordei e me dei conta de que eu já havia passado tempo demais sorrindo pra tudo, estudando pra alcançar nota, esperando a vida passar do jeito de que tinha que ser. Eu perdi muito tempo da minha vida tentando ser mais uma dessas garotinhas todas iguais que pensam que a vida é simples, um beijo significa estar namorando e que escolha difícil é sobre o corte de cabelo. Eu escolhi não assinar o pacto com a mediocridade. Escolhi a borboleta no ombro, o piercing na orelha, amar sempre e sem medida, viver intensamente, ser protagonista, ser livre. E todos os dias eu agradeço a Deus por ter me dado uma mente tão aberta, tão liberta. E agradeço a mim mesma por ter trocado o back street num sei o que mais la, o KLB por Cazuza, Cartola, Elvis, Raul, Cássia... Por ter rejeitado “o diário da princesa”, os livros de química, as revistas de fofoca ou beleza pra devorar Jabor, Tati Bernardi, Caio... Eu joguei pela janela as bonecas e usei o fim da infância e toda a adolescência pra realmente crescer, realmente aprender.

Eu vou lá e tento, quebro a cara, choro, tento de novo e de novo e de novo e de novo até conseguir, até desistir, até sei lá o que. E pode até aparecer alguém que diga que é feliz vivendo desse jeito chato e torto que é o “jeito que tem que ser”, mas eu digo que não há coisa melhor que poder encher os pulmões de ar e dizer “eu escolhi assim, eu quis desse jeito”.

Reclamem, critiquem, mas me deixem ser do jeito que sou, gosto de ser assim! A vida é muito, não dá pra passar por ela sem SENTIR. E desde que eu comecei a sentir, eu abandonei conceitos, opiniões que não fossem meus, que não fossem o melhor pra mim. Desde que eu comecei a sentir de verdade eu sofro, eu me decepciono, eu sangro, mas eu sou a pessoa mais feliz do mundo!




Denyse Barrêto

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